quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Se inspire na Fênix para transcender a cada dia

Achei essa matéria escrita por Fernanda Lopes , que é Psicoterapeuta. Me identifico muito com esse pensamento e acho que todos nós só temos a aprender com esse texto abaixo. Por isso resolvi reproduzi-lo aqui.


Quantas vezes, ao longo de nossas vidas, erguemo-nos das cinzas?
...

Fênix
"A fênix - ou fénix - é um pássaro da mitologia grega que quando morria entrava em autocombustão e passado algum tempo renascia das próprias cinzas. Outra característica é sua força, que a faz transportar em vôo cargas muito pesadas, havendo lendas nas quais chega a carregar elefantes. Seria do mesmo tamanho ou maior do que uma águia. Segundo alguns escritores gregos, a fênix vivia exatamente quinhentos anos. Outros acreditavam que seu ciclo de vida era de 97.200 anos. No final de cada ciclo de vida, a fênix queimava-se numa pira funerária. Após erguer-se das cinzas levava os restos do seu pai ao altar do deus Sol na cidade egípcia de Heliópolis (Cidade do Sol). A vida longa da fênix e o seu dramático renascimento das próprias cinzas transformaram-na em símbolo da imortalidade e do renascimento espiritual." Wikipédia

Tudo na natureza são ciclos. Estamos passando por transformações o tempo inteiro, embora existam alguns momentos em que elas acontecem de forma profunda e nos fazem rever muitas coisas do passado que não nos serve mais. Guardamos muitas coisas desnecessárias em nossos registros e somente nos permitindo fazer essa viagem em nossas casas interiores e externas poderemos entender o valor que vimos dando a tudo isso e praticar o desapego. Sugiro que você faça uma grande arrumação na sua vida - uma grande transformação! Mas não se iluda! Transformação dói! Vai fundo no orgulho! Necessita-se aprender com coisas que você estudou há muito tempo e que nunca utilizou... Necessita-se parar de lutar.... Aceitar que os outros estiveram certos grande parte das vezes em que você discordava... Necessita-se entender que muitas coisas que você fez, não as sentiu como devia... Que as palavras nem sempre valeram a pena... E que em outras ocasiões elas fizeram total diferença!

Só compreendendo uma situação podemos transmutá-la!

Gosto muito dessa frase de Neale Donald Walsch: "O arrependimento é o grande curador. A culpa, o grande ferimento".

Necessitamos arrepender-nos por vezes... Temos na mão um volante e podemos guiar por onde quisermos... para a cura ou para o conflito, a partir do entendimento de como vamos conduzindo a nossa existência por tanto e tanto tempo... Por vezes perdemos a direção. Não temos firmeza, não sabemos nem para onde estamos indo... e é nesses momentos que precisamos realizar mudanças, mergulhar nas cinzas, entregar nosso espírito ao fogo, como uma Fênix!

Pergunte-se o que você anda guardando. Muitas vezes quando achamos que estamos resolvidos em determinadas situações, elas ressurgem. Mágoas, agressividade, tristeza... O que você anda guardando? Guardamos, guardamos e continuamos apegados a todos esses registros.

Não liberamos as pessoas e elas não se liberam de nós. Mudamos de relacionamento, mas continuamos repetindo as mesmas coisas... Mudamos de casa, mas continuamos com os mesmos hábitos... Mudamos de cidade, mas continuamos não vendo beleza ao redor de nós...

Porque, na verdade, dentro de nós nada mudou. Continuamos presos a valores antigos. Temos a tendência de sermos colecionadores. Colecionamos ferimentos e depois reclamamos que a vida não vai bem. Colecionamos as palavras das pessoas (e-mails, cartas), colecionamos imagens das pessoas (fotos e recordações)... mas isso não faz e nunca fará com que as tenhamos por perto. É desapegando que nos aproximamos. É dessa forma que aprendemos a amar e, não, a colecionar... E dessa forma soltamos as pessoas... para que livres - e apenas por amor - caminhem lado a lado.

Observe a que você anda apegado... Onde deve ser realizada sua transformação, em que parte de você...

Algumas pessoas dizem apenas que guardam coisas boas... Na verdade, são colecionadoras também! Não aceitam a morte (processo natural da vida), não aceitam o distanciamento de pessoas amadas... Não aceitam perder!

Aceitar passar por um processo de renascimento é largar tudo com a consciência de que nada se perde! É passar pelo fogo como a fênix e ressurgir com o corpo diferente!

Vá fundo dentro de si mesmo e se faça as perguntas necessárias... Pergunte-se sobre sua direção... se seu volante está firme nas mãos... Pergunte-se quem você anda levando de carona nos seus desacertos... Reflita que seus atos são espelhos pra muita gente... Faça uma lenta observação sobre seus processos de repetição... sobre aquilo que mais gera ferimentos para você e para os outros com quem convive...

Mudar um hábito necessita de uma grande atitude. Persistir nessa mudança é treino. Treino diário. É a certeza de que o mundo só tem a ganhar com seu trabalho. É a certeza de que você confia nas Leis da Vida. É a certeza de que você não perde nunca. De que tudo pode ser presente se assim você o fizer. É a certeza de que se pode aprender com o melhor dos momentos: O AGORA. É a certeza de que você pode efetuar transformações profundas, de que você tem todos os recursos pra isso - basta apenas aprender a utilizá-los ao seu favor!

Desejo que todos possam fazer as mesmas coisas de forma diferente a partir de hoje. Que possamos reconhecer as mesmas pessoas com quem convivemos com uma nova luz. Que possamos amá-las como jamais amamos: incondicionalmente!

Que possamos traspassar nosso orgulho, reconhecendo nossas precipitações, nossos instintos e nossos desacertos. Que possamos pedir perdão e desamarrar as pessoas. Que possamos desapegar o que achamos que temos ou controlamos. Que possamos ser natureza, apenas, como uma árvore ou um pequeno grão de areia. Que possamos aceitar as coisas como são, para que sem agressividade entremos nas mudanças. Que possamos nos arrepender, mas não nos culpar. Que possamos curar nossos ferimentos, reconhecer em cada um de nós grandes médicos da alma. Que possamos fazer, das cicatrizes, flores. E que possamos espalhar as sementes dessas flores, nascidas dentro de nós, para o mundo inteiro através de um sorriso verdadeiro: não só da face, mas do fundo de nosso espírito.